Se você odeia o Design Thinking, este artigo é para você.
O termo Design Thinking é super polêmico entre os Designers porque pode dar a entender que o que existia antes dele era um “Design Não Thinking”. Pois bem… Como diria Jack, vamos por partes. 😉
Após ser amplamente disseminado, o termo Design Thinking ganhou vários olhares tortos por parte dos Designers e muitos pensamento do tipo: “WTF! Quando que o Design não foi Thinking?”. E não era por menos, pois ele surgiu como uma espécie de nova área do Design… E não é uma área nova, Bruna?
C´mom people! O termo Design Thinking significa nada mais, nada menos que: “como um designer pensa”. Ou seja, um modelo de pensamento que mostra de forma (simplificada) como ocorre o processo de Design nos dias de hoje. E em virtude dele compreender a forma como um Designer pensa, ele está estritamente relacionado com a maneira com que os projetos são desenvolvidos e buscam inovar.
Se você é Designer, não tem nenhuma novidade até aqui e, talvez, você continue odiando o Design Thinking e todas as pregações equivocadas que já viu e ouvi sobre ele. No entanto, me dê 5 minutos para lhe mostrar o outro lado desta moeda.
Você já parou para pensar que o Design Thinking pode trazer muitos benefícios para a área? Eu, pelo menos, enxergo que sua disseminação (mesmo que muitas vezes questionável) é uma coisa boa.
E sabe por quê? Já explico. Eu acredito que esta forma ‘didática’ de explicar o processo de Design ajude a elucidar o que é a profissão e, até o próprio ofício do Designer. Mas, porque isto é importante? Bem, assim como eu, você já deve ter tido a (ingrata) surpresa de ver grandes empresas ou profissionais renomados utilizando o termo Design meramente como adjetivo estético. Quem nunca, não é amigos?
Por isto, por mais que a disseminação do Design Thinking tenha incentivado algumas utilizações equivocadas por parte de leigos entusiastas, não podemos ignorar o fato de que ele apresenta de maneira didática o processo de Design e, assim, ajude na compreensão das empresas acerca da área do Design como um todo.
Mesmo assim, há quem diga que é impossível resumir a forma de pensar de um Designer em um único modelo. (E eu concordo que qualquer síntese pode beirar a superficialidade.) Mas, por mais que o Design Thinking mostre um complexo processo de uma forma mais simplista, eu repito: ele também é capaz de mostrar que Designer não faz só desenhos bonitos; que há um processo que ultrapassa o âmbito meramente estético; e que conta com premissas estratégicas, análises, sínteses e muitas iterações.
Além disto, eu acho importante que a ideia do “Design Thinking” tenha sido oportunamente absorvida pelas empresas quando elas viram que orientar seus processos de inovação meramente pela tecnologia não era mais suficiente. E por que isto?
Eu acredito que, neste momento, abriu-se um espaço enorme para as companhias começarem a orientar-se pelos usuários inseridos no centro do processo e, assim, dar mais valor para as competências dos Designers.
E cá para nós, esta quebra de paradigma corporativo trouxe precedentes enormes! É, claro. Tudo isto não é um resultado único e exclusivo do Design Thinking. Eu sei disso. Existem muitos fatores que fortalecem a área, mas, em minha opinião, é inegável a sua importância neste processo.
Para que você nem comece a pensar que estou dizendo que o Design Thinking é o São Salvador eu já adianto…. Não, eu não acho que agora todos sabem o que é Design e que o Design Thinking salvou o mundo. Ou que os Designers agora são tão valorizados nas empresas quanto os outros setores. Infelizmente, isto não é verdade. Tanto é que, recentemente, fiz uma pesquisa sobre a utilização do Design em empresas e os resultados são de chorar no cantinho.
Mas, justiça seja feita. Polêmico ou não, o Design Thinking já ajudou (e ainda pode ajudar e muito) numa compreensão mais assertiva da profissão por parte do mercado e de quem paga nossas contas.
Então, antes de você cair de pau em cima do termo ou tudo que a ele relaciona-se, lembre-se que nós não estamos em condições de abrir mão de todos os benefícios que ele pode trazer. Por isto, pense duas vezes antes de criticá-lo.
Digo mais. Veja-o como uma estratégia de disseminação da área. Quanto mais pessoas souberem o que um Designer faz (mesmo que de maneira simplificada), maior será nosso espaço nas empresas, mais valorizados serão nossos freelas, mais respeito os nossos clientes terão por nós.
Precisamos ser críticos? Sim, precisamos. Sempre. Mas também precisamos ser estratégicos. Não adianta ficar apenas se queixando que as pessoas não sabem o que é o Design. É preciso instruí-las e orientá-las. Por isto, caso você conheça pessoas que deveriam conhecer mais sobre o que é Design e o que um Designer faz efetivamente, indicar cursos, palestras e livros sobre Design Thinking pode ser um bom começo.
O Guia Essencial do Design Thinking é um curso online onde eu apresento todos os momentos do Design Thinking e mostro 50 ferramentas de projeto que podem ser utilizadas em cada um deles. Para reunir teoria e prática, o curso também mostra 39 cases de empresas e/ou Designers que se utilizaram dos princípios do Design para propor soluções inovadoras aos problemas cotidianos.
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